O documentário “O dilema das redes” – NETFLIX é uma grande revelação sobre a problemática das mídias sociais. A atuação das plataformas digitais gera muitos efeitos colaterais que impactam a ética e a saúde mental da sociedade, portanto torna-se urgente abordar o tema tanto para despertar a consciência da população quanto para cobrar regulamentação eficaz.
Um dos grandes vilões é o uso da tecnologia do algoritmo, uma vez que foi criado pelos engenheiros digitais (do Facebook, Google, entre outros) com o intuito de capturar padrões de comportamentos e rastrear dados para vender aos anunciantes, ou seja, eles monitoram as ações online dos usuários para lucrar por meio da publicidade. Desse modo, o algoritmo é uma potente ferramenta virtual para vigiar o comportamento humano, o qual são utilizados pelos anunciantes, que pagam por previsões assertivas de perfis comportamentais. Esse é o chamado capitalismo da vigilância, onde grandes empresas, como Facebook, YouTube, TikTok, entre outros, competem pela atenção dos seus usuários para poder colher dados e vendê-los para os verdadeiros clientes que são os anunciantes.
Portanto, cada mídia social tem seus meios próprios de sedução através de ferramentas gratuitas com o objetivo de torná-la uma necessidade, porém com potencial viciante. Isso é percebido devido ao tempo excessivo dos usuários na frente da tela de um dispositivo eletrônico. Tais comportamentos acabam gerando efeitos psicológicos negativos, pois influencia a autoestima do usuário aumentando os índices de casos de ansiedade, depressão e suicídio.
IMPACTO NA NOVA GERAÇÃO
Diante desse contexto, há uma grande preocupação, principalmente, com a geração Z (que são crianças nascidas a partir de 1996). Tal público, na sua grande maioria, começou a usar mídias sociais durante a pré adolescência e, em processo de amadurecimento psicológico, são impactados com esse método usado pela indústria tecnológica que manipulam as pessoas para que se tornem viciadas ou influenciadas. Logo, os jovens estão expostos a padrões de beleza e entretenimentos fúteis, os quais atrofiam a mente do indivíduo, oferecendo uma espécie de “chupeta digital” para ficar paralisado no seu mundo online. Isso está afetando a saúde mental das futuras gerações, por isso os pais devem estabelecer limites virtuais para seus filhos.
AMEAÇA VIRTUAL
O algoritmo vai além de uma ameaça à saúde humana, ele tem a capacidade de manipular o pensamento humano, pois atinge as fraquezas humanas. O documentário explica muito bem a natureza dessa tecnologia, que nem os próprios criadores têm controle sobre o algoritmo. É uma aprendizagem de máquina que controlam as informações em códigos e monitoram o nosso perfil comportamental, portanto dessa forma, conhece os gostos e interesses do usuário, inclusive mais que seu melhor amigo. A partir dessa capacidade, ela possui um sistema de recomendação de interesses, onde apresenta a realidade que a gente gosta e simpatiza, ou seja, são recomendados vídeos, imagens, reportagens que é do nosso agrado. É algo tão louco que nos é apresentado uma realidade que simpatizamos, seja ela verdadeira ou não. Em suma, aceitamos a realidade do mundo ao qual somos apresentados, logo conceitos e ideologias são inflamados, causando consequentemente, radicalização, revoltas e polarizações políticas. Foi dessa forma que se espalhou, e ainda se espalha, diversas informações falsas, criando grupos radicais, como o antivacina, por exemplo, além de outros conhecimentos estudados e fundamentados por pesquisas e que as “fake news” conseguem pôr em dúvida a sua credibilidade.
A radicalização é um dos efeitos colaterais da combustão ideológica fomentado pela tecnologia do logaritmo. Essa ferramenta não seleciona as informações falsas das verdadeiras, portanto cria um sistema de recomendação tendencioso capaz de propagar mentiras como um rastro de pólvora. Existem muitas empresas que lucram mais pela desinformação e utilizam as redes sociais para propagá-la, então, se o usuário tiver simpatia por tal fato, irá receber, se apropriar da informação e “defender até a alma”.
Essa é a realidade atual em diferentes países, um bombardeio de boatos, o qual, mais do que nunca, exige que a população tenha uma consciência crítica e saiba diferenciar mentiras e verdades. Além da participação dos usuários no combate às fake news, é necessário também regulamentações legislativas mais eficazes no funcionamento das plataformas digitais para monitorar, fiscalizar e combater perfis falsos e de má índole, inclusive para criar diretrizes no uso dos logaritmos. Portanto, os problemas já são uma realidade decorrente do avanço tecnológico e exigem providências urgentes para minimizar os impactos tanto nas relações humanas quanto psicológicas.
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